A sala é o coração da casa, e talvez o melhor lugar para começar a brincar e criar uma sala maximalista. Não precisa reformar tudo nem gastar uma fortuna: com alguns passos bem pensados, ela começa a ganhar camadas, histórias e personalidade.
1. Escolha um ponto de destaque
Antes de sair espalhando coisas pela sala toda, escolha um “protagonista”:
pode ser o sofá, uma parede específica, um tapete marcante ou até um móvel especial.
- Se o sofá for neutro, o destaque pode ser o tapete ou a parede de trás.
- Se você já tem um sofá colorido, ele mesmo vira o foco, e o resto entra para complementar.
Pergunte-se: “De onde eu quero que o olhar comece quando alguém entra na sala?”
2. Texturas e núcleos na sala maximalista
Os tecidos representam o caminho mais rápido, acessível e totalmente reversível para transformar completamente o rosto da sua sala, injetando vida e personalidade sem grandes reformas.
Comece com um tapete que roube a cena: opte por modelos estampados com padrões geométricos ousados, coloridos em tons vibrantes como terracota e mostarda, ou com texturas únicas como pelo longo ou sisal trançado, que acrescentam profundidade ao piso.
Misture almofadas de tamanhos variados (do gigante ao mini), cores contrastantes (vermelhos quentes com azuis frios) e estampas ecléticas (florais, listras e minorias), mas sempre unifique com um elemento em comum, como uma cor recorrente ou padrão sutil que amarre tudo.
Coloque uma manta de lã ou veludo de forma intencional sobre o sofá – jogar de lado ou drapejada casualmente – para criar uma sensação imediata de acolhimento e conforto tátil.
A regra de ouro é simples e libertadora: se tudo parecer “arrumadinho demais e previsível”, mexa um pouco para desestruturar; se já roçar na bagunça, retire uma ou duas peças para equilibrar o caos criativo.s.
3. Monte cantinhos cheios de história
O maximalismo ganha alma e beleza autêntica quando a sala reflete a essência de quem mora ali, transformando espaços em narrativas pessoais cheias de memória.
Escolha uma mesa lateral, aparador ou estante baixa para criar um “cantinho de histórias” irresistível: reúna livros favoritos com capas marcantes, lembranças de viagens como conchas ou postais antigos, objetos herdados de família (um relógio de avó ou cerâmica artesanal) e fotos emolduradas de momentos especiais.
Agrupe itens em pequenos conjuntos harmoniosos – prefira 3 ou 5 peças juntas, que criam equilíbrio visual, em vez de espalhar tudo e diluir o impacto.
Brinque com alturas variadas para dinamismo: um vaso alto e esqueleto como base, um livro colocado colocado de suporte, e um objeto menor e delicado por cima, como um pingente ou miniatura.
Nada precisa ser caro ou saído de revista de decoração: o segredo não tem significado pessoal, que transmite calor e identidade única ao ambiente..
4. Use uma parede como galeria
A parede é sua melhor amiga no maximalismo, principalmente se a sala não for muito grande.
- Misture, pinturas, fotos, espelhos e até diferentes objetos (como máscaras, pratos, cestos).
- Varie tamanhos e molduras, mas mantenha algum fio de união: uma cor que se repete, o mesmo tom de madeira, ou um tema (botânico, filmes, retrô).
- Monte tudo primeiro no chão para testar a composição antes de furar.
Pense na parede como um mural que pode ir crescendo com o tempo, sem pressa.
5. Finalize com luz e plantas
A cereja do bolo do maximalismo na sala está na luz e na vida que você coloca ali.
- Use iluminação de piso, abajures e luz indireta para criar clima. Uma sala maximalista com luz dura e branca perde boa parte do charme.
- Traga plantas (mesmo que poucas): em vasos coloridos, adicionais, em cestos ou reforçados em bancos e mesas. Verde combina com qualquer mistura e ajuda a “amarrar” o conjunto.
Se estiver em dúvida, acenda apenas as luzes mais quentes, sente no sofá e olhe a sala como se fosse visitar. O que falta? O que sobra? Isso guia os próximos ajustes.
Deixe que a sala maximalista vá ficando cheia de cores, histórias e respiros: no fim, o maximalismo é só isso — um abraço visual dizendo ‘essa casa tem dono, memória e saudade boa espalhada pelos cantos’. Se quiser mergulhar mais fundo nesse universo, veja o Guia completo de maximalismo eclético.
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